Wolf of Wall Street


Foi já no início do ano que pude vislumbrar esta maravilha da sétima arte. Só tem um grande defeito: faz doer o corpo de tanto tempo que passamos a ver. Mas isso resolve-se facilmente!


É este o filme que levou milhares de fãs a pensar se seria desta que veríamos o Leonardo DiCaprio com um Oscar nas mãos. Não, não foi desta. No entanto, percebo por que é que muitos ficaram frustrados por não ter sido reconhecida a interpretação deste ator. Só que nos Oscars, os temas profundos e filosóficos da vida pesam mais na altura de atribuir o prémio, ou não fossem os dois actores vencedores a abordar o tema SIDA e o melhor filme o que aborda o tema Escravatura.

Mas começando a falar deste filme. Não desanimem com a duração do filme, quem ainda não o viu, porque é dos poucos filmes em que não só aguentamos ver até ao fim, como até ficamos com apetite para mais.

Tenho de confessar que já há muito que não via um filme do Scorsese. Acho que o último que vi foi o New York, New York e na altura ficou um bocado aquém das minhas expectativas. Mas neste filme, temos um bom trabalho de realização e montagem, especialmente logo no início, com a introdução ao filme através de um anúncio. Uma boa escolha em termos de realização e argumento começar a narração do filme com o próprio Jordan Belfort (DiCaprio) a apresentar a história. Aproxima desde logo os espetadores da personagem e a escolha de uma câmara que se movimenta com os movimentos do Jordan confere dinamismo e movimento ao filme.

E dinamismo e movimento são duas características presentes ao longo do filme. Claro que a sucessão de acontecimentos também ajuda, assim como a atmosfera eletrizante do mundo das ações, mas não esquecer que temos a parte em que o Jordan começa a lançar a sua empresa que poderia ser entediante, não fosse o bom trabalho de montagem e de realização, principalmente na cena em que o Jordan ensina os seus funcionários a argumentar via telefone.

Poderia falar muito mais da realização e da montagem e até da forma como o guião está falado, mas eu só pretendo ilustrar o filme com uma pequena crítica. E tenho de destacar que neste filme não é só o Leonardo DiCaprio que se destaca positivamente. O elenco foi bem escolhido, toda a equipa brilha neste filme, até mesmo o MacConaughey na sua pequena aparição no filme. Personagens de destaque pela interpretação dos atores e pela relevância no filme: as duas esposas de Jordan, que fazem contraste entre esposa de pobre/esposa de rico, Donnie, a tia Emma, o pai de Jordan. 

É preciso dar os parabéns à produção pelo realismo do filme. Dá que pensar este filme, ao vermos com profunda veracidade as loucuras que os ricaços de Wall Street cometem, ao ver as suas posses e o poder e influência que têm. E se não fosse um bom trabalho de produção, não teríamos um bom guarda-roupa e bons carros, boas casas e todas as posses que o Jordan e os amigos tinham. 

Recomendo mesmo este filme. Sem tabus, sem complicações, sem problemas em mostrar o modo de vida destas pessoas, sem chegar a colocar demasiado nudismo (não se vê nada do que já se vai vendo por aí e diga-se desde já que o Leonardo consegue ser bastante realista nas cenas de sexo). 

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