Feira Tradicional de Fafe

Temos de fazer publicidade às coisas boas dos lugares de onde somos provenientes, pois poucos serão os de fora que a farão. Todos os anos, no dia 10 de Junho, Portugal é celebrado em Fafe através de uma viagem no tempo. Revivem-se as tradições,
os trajes, os costumes. As barracas são providenciadas pela Câmara, com o mesmo aspecto de outros tempos. Essencialmente ranchos e grupos etnográficos surgem nesta feira a vender os seus produtos, que vão desde as hortaliças, a malas e porta-moedas, passando por objectos em palha, chouriços, carne de porco, objectos de alumínio e ferro, porta-telemóveis e, claro, doces.

A feira decorre no local das antigas feiras, na praça 25 de Abril, sendo a estrada fechada ao trânsito. A primeira vez que se realizou foi em 2005. Inicia-se de manhã e termina ao fim do dia, sendo que na primeira parte do dia aparecem algumas cabeças de gado e pode-se almoçar na feira, na barraca do Rancho Folclórico de Fafe. O artesanato local também marca presença, com o ferreiro de Cepães (único no concelho) e o artesanato em Pele, feito por Dilermando da Silva.

Felizmente a feira tem evoluído ao longo dos anos e a afluência tem aumentado. Este ano não foi excepção.


Há espaço para um pequeno teatro de rua, através das figuras das sardinheiras e do peixeiro, que entoam pregões, insultam-se mutuamente, e tocam com as suas gaitas. É de realçar que também os vendedores e vendedoras se encontram vestidos com trajes antigos, assim como algumas crianças, que se deliciaram com os brinquedos artesanais, essencialmente com o pião, que foi jogado tanto por elas como por adultos.


O tradicional jogo do pau (que se relaciona com a Justiça de Fafe e que remonta aos tempos em que os lavradores e pastores usavam paus para ajudar a caminhar e os usavam como defesa contra outras pessoas) mantém-se vivo através de uma associação de Cepães que marcou presença, com rapazes e homens trajados que deram um pequeno espectáculo.


Enfim, foi um belo dia e uma bela maneira de passar um feriado que deve ser de facto comemorado. Aliás, todos deviam, mas este é mais importante, porque é o dia de Portugal, de Camões (o nosso grande Camões!) e das Comunidades (não esquecer que precisamos de manter relações com elas). Ao invés de ficar em casa a descansar, o melhor é ir dar uma vista de olhos. Não se perde nada, aliás, até se ganha ao vir passar um belo dia de Verão viajando no tempo... Esquecendo a crise, talvez...

Sem comentários:

Enviar um comentário