Produzir um texto ao ritmo da minha existência

     O que me aconteceu hoje de manhã? Deixei-me levar pelo sonho, embarcar na fantasia, voar pelo tecto e sentir as nuvens nas palmas das mãos. É tudo tão quente e estou a caminhar por um vazio. Agora abre-se e torna-se floresta para mim, o ar é frio, o vento sopra sobre mim. Acordo para a realidade e a vida continua.
    (Voltaram a abrir a porta.)
Levo a pasta carregada de apontamentos e viajo, tanto com os pés como com o olhar, estou a andar para um lugar enquanto aprecio outros. Vejo apressados estudantes a chegar às suas salas. Subo as escadas enquanto medito, sei a matéria, não sei? O tempo dirá.
    Sou conduzida por uma voz exterior que me leva a escrever uma espécie de prefácio. Ouço duas vozes, a minha voz interior também se declara, guia-me enquanto orientada ela própria. Então, que voz segue a minha mão? Ela vai produzindo palavras ao ritmo da minha consciência, mas também das canetas que ouço a redigir os textos dos outros.


P.S.: Este texto foi escrito durante e para um teste, é um exercício de improvisação escrita.

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